Na Serra de Macaé, entre os municípios de Nova Friburgo, Casimiro de Abreu e Trajano de Moraes, em altitudes que variam entre 300m a 500m, que lhe confere um clima agradável durante todo o ano; com temperaturas entre 18ºC e 24ºC na maior parte do ano, 10ºC à 18ºC no inverno, e calor bem distribuído o ano inteiro, está o SANA, 6º Distrito de Macaé, uma APA (área de proteção ambiental) criada pelo município e bastante avançada no seu processo de gestão, contando com um Conselho Gestor e de legislação própria, que vem adequando-se à realidade do desenvolvimento econômico, habitacional e turístico.
Estrategicamente situado dentro do mapa do Estado do Rio, o distrito fica próximo do Rio de Janeiro, Niterói, Macaé, Campos dos Goytacazes, Casimiro de Abreu e toda a Região dos Lagos, há menos de 2 horas, onde Casimiro de Abreu equivale à principal porta de entrada, distanciando apenas a 25 km dali, pela estrada Serra Mar (RJ-142).
Pode-se dizer que o distrito do Sana é dividido em 3 regiões distintas: Barra do Sana (no encontro do rio Sana com o rio Macaé); Arraial do Sana( onde se encontra a maior parte da população) e Cabeceira do Sana (onde nasce o rio Sana, que corta todo o distrito, recebendo em seu curso uma dezena de pequenos e médios afluentes como o córrego Peito do Pombo onde situam-se as Cachoeiras : Sete Quedas, Mãe, Pai e o Escorrega; o Rio andorinhas, na Cabeceira do Sana, onde se encontra a belíssima Cachoeira das Andorinhas; o córrego São Bento, cheio de lindas piscinas naturais e cachoeiras escondidas; o Córrego da Boa Sorte com sua singela queda d'água de mesmo nome; o Córrego da Glória; e outras nascentes).
Frequentado por pessoas em busca de contato com a natureza e de tranquilidade, o Sana é cercado de magia e encantamento, o distrito do Sana tem a melhor infraestrutura da região serrana para o turismo, com um grande número de pequenas pousadas, albergues, hotel fazenda e áreas de campings com capacidade para receber um bom número de visitantes, além de bares e restaurantes.
Sempre tive amigos fascinados pelo Sana e uns 4 anos atrás encontrei um amigo de infância que se mudou para lá. O carinho com o qual ele fala do Sana me encantou. Ele conseguiu arrastar vários amigos a visitá-lo neste APA, entre eles meu ex marido que virou fã de carteirinha e que volta e meia acha um jeitinho de se enfiar lá. Sabe como é né? perder em número de lugares incríveis para o ex marido, de jeito nenhum, rs, principalmente em se tratando de um lugar tão pertinho. Achei um feriado, liguei para a parceira de viagens, pesquisamos com amigos sobre um bom camping e pronto, data fechada, roteiro traçado, deal: Millie Morgan iria acampar, sim.... passaria a semana Santa " in Sana".
Compramos passagem para o dia 03/04/2015, viajaríamos exatamente na Sexta-feira Santa. A empresa que faz o trajeto Niterói Casimiro de Abreu é a 1001, não tem ônibus direto para o Sana, você precisa chegar em Macaé ou Casimiro, como sairíamos de Niterói, Casimiro seria a melhor opção. Aos que evitam gastar ao máximo, tem como se viajar em ônibus regionais fazendo escalas para pegar as menores tarifas. O ônibus para Casimiro não saí caro, pagamos R$35,59. O ônibus faz o trajeto em uma hora e quarenta minutos, é bem rápido. Recentemente, fiquei sabendo pelo ex que há uma combi que sai do Colubandê em SG e vai direto para o Sana com uma tarifa bem interessante. Quando se vai comprar a passagem é preciso prestar atenção porque o ônibus é o mesmo que vai para Macaé ou Rio das Ostras, o preço saí mais em conta para os que vão descer em Casimiro, mas se você não avisar na hora da compra, pagará a tarifa cheia.
Outra preocupação que tivemos foi a de reservar vaga no Camping onde ficaríamos, por ser feriado os valores subiriam um pouco e as vagas não seriam garantidas sem reserva.
Somos realmente duas loucas, nunca houvéramos acampado antes, sempre fomos a favor de conforto, barraca de camping? não, não a tínhamos.
Isso não seria um problema para as mais novas mochileiras, conseguimos contato com o primo de uma amiga que também iria passar o feriado por lá e que por sorte tinha uma barraca para 2 pessoas sobrando. Barraca emprestada, passagem comprada, camping reservado, tempo bom garantido. Pronto, era só aguardar.
A Brenda ficou encarregada de pegar a barraca com o Victor Hugo, que ainda não sabia mas já estava com o nome traçado em nossos planos. Sim , havia lá em nossa agenda, bem na parte azul da sessão coisas a fazer: "perturbar o Victor Hugo, fazer ele de guia", e a intenção só piorou depois que descobrimos que ele ficaria no mesmo camping que nós.
Dois dias antes de por o pé na estrada, mais uma ótima noticia, meu ex marido também iria, ele está sempre no Sana, seria um ótimo guia, rsrsrs mais um para perturbamos. Imagino o quanto os homens adoram mulheres que ficam enchendo o saco nas viagens e os fazem perder tempo destinado ao lazer kkkk, mas eu adoraria fazer isso com o ex rsrsrsr. Esse negócio de chamar ex namorado de ex marido é uma implicância que estou adorando. Mas é perda de tempo, como ele mesmo diz "Não ligo" rsrsrs difícil implicar com aquele um, é um amigo incrível, um ser que sempre vou amar, mas de quem pretendia abusar da ajuda aquele feriado.
Chegou o dia. pretendia levar somente uma mochila, mas como sempre não consigo me conter na hora de fazer as malas. Levei uma mochila e uma bolsa de viagens. Precisava de espaço porque a Brenda estava levando a barraca então eu fiquei encarregada de levar roupa de cama para as duas, 2 lençóis, 2 edredons... não é mole não rsrsrs.
Não há muito o que levar para o Sana, você fica de biquíni praticamente o dia inteiro, não há lugares muito chiques, então esqueça maquiagem, salto, e roupas mais elegantes, opte por roupas confortáveis, tênis para trilha, sapatilha, sandália rasteira, shorts, camisetas e por favor, não esqueça o repelente e o casaco, à noite venta bastante. Não levei comida ou bebida, embora fossemos acampar planejamos achar um self-service baratinho para o almoço, faríamos lanches à noite e de manhã. Pelo que nos foi informado, o camping forneceria o café da manhã (pão francês, manteiga e café).
Tive problemas com o horário e cheguei na Rodoviária hiper atrasada, a Brenda já estava em pânico, mas deu tudo certo, consegui pegar o ônibus e pegamos a estrada. O motorista avisa ao chegar em Casimiro, aproveitamos para ir ao toilete e para comer alguma coisa.
A distância do Rio de Janeiro-RJ ao Sana é de 165 km. Para quem vem do Rio ou Niterói, ao chegar chegar à Rodoviária de Casimiro de Abreu deve passar para o lado esquerdo da pista (sentido Rio de Janeiro) através do rodo, e seguir pelos 26 km até o centro do Arraial do Sana dos quais 20 asfaltados e que vai até o Portal do Sana na Ponte da Amizade, que cruza p Rio Macaé na Barra do Sana, e o restante do percurso é feito em estrada de terra batida. Claro que após atravessarmos pegamos uma van que nos deixaria em frente ao camping.
Há vans a cada hora e elas saem da esquina da padaria, pagamos pela van R$6,00. Não é muito confortável porque eles superlotam as vans, mas já que estava ali como mochileira... tive que experimentar.
A van fez várias paradas, e nós como não conhecíamos nada ali passamos do ponto do nosso camping. Descemos no centro e encontramos um casal que nos mostrou onde seria o acampamento, tivemos que voltar caminhando, coisa de 10 minutos no máximo.
Finalmente chegamos ao camping. Ficamos no Sana Camping, um dos mais famosos por lá. Nos identificamos e pagamso os 50% que faltavam, eles nos cobraram R$40,00 a diária por pessoa, como ficaríamos de sexta a domingo (apenas 2 noites) ficamos com este valor (R$80,00). Eles colocam uma pulseirinha em você que deve ficar até o último dia. É assim que controlam a entrada das pessoas no camping.
O Sana Camping possui amplo espaço à beira do rio Sana, com águas clamas, ideal para o lazer. Tem extensa área de gramado para os praticantes de camping e mais 3 suítes, ainda oferecem quartos para aluguel, trailers e barracas. O camping dispõe de uma área de estacionamento para seus clientes, varanda e área ade lazer com jogos. Os banheiros tem chuveiro de água quente, na verdade somente 3 dos 6 tinham água quente, e claro, fila para o banho. A cozinha conta com 3 fogões, geladeira e demais utensílios para se fazer refeições, mas você deve revesar com os demais acampados. Na entrada do camping há ao depósito de bebidas, onde é possível comprar diversos tipos de bebidas geladas e quentes.
A área
O rio
O acampamento
O trailler, os chalés e as suítes.
O estacionamento
O banheiro e os chuveiros

O salão de jogos
O refeitório e a cozinha
O Sana Camping se localiza em frente ao Campo de Futebol do Sana, logo após a ponte sobre o rio Sana - na entrada do Sana, à esquerda. No camping contamos com amplo espaço verde com árvores que possibilitam sombra, ar puro e tranquilidade. É próximo a todas as opções de lazer, comércio, bares, restaurantes e cachoeiras. Ele está preparado para receber famílias com ou sem crianças, em um ambiente tranquilo e hospitaleiro.
Nós alugamos o espaço para montar barraca mas achei interessante as outras formas de hospedagem.
O Sana Camping também oferece Wi-fi, mas este só funciona perto da sinuca no salão de jogos. Passei bom tempo procurando minha amiga pelo camping até que descobri esse espaço para viciados em redes sociais.
Não há energia elétrica perto das barracas, caso precise de algo, deve levar extensão e fazer uma gambiarra. À Noite é bem complicado enxergar algo perto do rio, quase não achávamos a barraca. Aos que ficam preocupados com a bateria do celular, tomada para recarregar é motivo de guerra, tem duas tomadas no salão de jogos e duas na cozinha. É correr e pegar.
Voltando a nossa sina...
entramos e fomos escolher o lugar para montar a barraca. Primeiro procuramos o Victor Hugo por lá, afinal de contas nunca havíamos montado uma barraca antes, ele poderia nos ajudar. Procuramos uma barraca gigante com as instruções que ele deu para Brenda, amas não a encontramos, decididamente as pessoas têm ideias diferentes do que é azul, e o que é branco, bege e cinza. Já que não o encontramos, decidimos meter a mão na massa. A Brenda quis montar a barraca perto do rio, o que nos arrependemos amargamente depois porque faz muito frio de madrugada e não tem proteção alguma da chuva; tiramos a barraca da sacola e começamos a notar que eram varetas que não acabavam mais, estica daqui e dali, desdobra e pensa... Acho que consegui entender como aquilo funcionava. Começamos a colocar o forro nas varetas e dois rapazes que nos observavam com pena ofereceram ajuda, Rs rs rs, mais enrolados que a gente. Ficaram perdidos, e eu percebi que estava certa no meu entendimento do processo, e finalmente eu consegui montar. Brenda e eu já tínhamos uma barraca. aff
Barraca montada, colocamos nossas bolsas dentro, trocamos de roupa, colocamos algo mais esportivo e fomos até o rio para tirarmos algumas fotos no camping. O tempo não estava nada agradável.
Logo depois fomos para rua. Queríamos conhecer o local e procurar um lugar para almoçar. Para chegar ao centro só 5 minutos, atravessaríamos uma ponte, pegaríamos uma rua direta e já estaríamos lá.
Chegamos ao que parecia o centro do Sana, muitas lojinhas, uma praça, restaurantes, padaria, tudo muito simples porém muito limpinho e organizado.
Há muito para se ver no Sana além da mata e das cachoeiras. Você encontra muitas modalidades de arte e cultura por lá; conseguimos ver em lojinhas e nas ruas bons exemplos delas.

O artesanato do Sana tem seu próprio espaço, o Feira Cria Sana, um espaço localizado em frente `praça principal do Sana, é um projeto social de integração e funciona de sexta a domingo de 09h às 22h. São dois mil metros quadrados com 17 boxes de artesãos e agricultores familiares. Também tem um palco para apresentação de bandas e eventos teatrais, um anfiteatro e banheiros.

O que você consegue achar no cria Sana: Modelagem, pintura, tingimento, bordados, estamparia e silk, crochet e tricot, reciclagem, obras em arame, argila, sabonetes e shampoos artesanais, arte em papel de fibra de bananeira, bijuterias, roupa indiana, e pães e dosces caseiros.
Onde paramos para comprar uma garrafinha d'água nos falaram sobre um projeto cultural e educativo chamado Naturalmente Sana, eles acreditam que através da música, da arte e do esporte é possível construir uma sociedade mais justa. Achei bastante interessante, me proponho a pesquisar mais sobre o assunto. Eles usam o raggae como veículo musical de informação e conscientização e através dele chegam a pessoas de diferentes faixas etárias, mas têm como alvo principal os jovens, a intenção é os fazer refletir sobre temas como cidadania, preservação do meio ambiente, paz e união entre povos.
Compramos nossa garrafinha de água e fomos caminhar. Seguimos em direção a Rua da Grama, onde encontramos o início da trilha. Seguimos adiante e encontrei meu amigo Fabiano Souza, agora nativo do Sana, eles nos mostrou sua casa e claro como sempre já estava com uma latinha de cerveja na mão. Segundo ele, estava a caminho de centro para buscar o DB (me ex) que estava chegando na cidade e ficaria acampado no quintal dele. O Fabiano tinha um quintal enorme e os amigos sempre ficam acampados lá; claro que eu levei uma bronca por estar acampando em outro lugar, mas a Brenda não ficaria a vontade ali. Combinei de encontrar com ele mais tarde no bar da praça para uma cerveja e segui caminho.
Logo nos deparamos com o início de uma subida, uma trilha que nos levaria à melhor parte da Cabeceira do Sana, onde ficam as cachoeiras, estávamos ainda sem biquinis, mas seria bom já poder nos maravilhar com as belezas do lugar.
Eu percebi que não sabia nada sobre o Sana, um lugar tão perto e tão bonito, ele já existe como Sana desde 1820 e foi fundado por suíços, bem isso é o que diz o livro La Genèse de Nova Friburgo, La Colonisation Suisse de Martin Nicoulin. As terras do Sana foram doadas em sesmarias para diversos suíços que para lá se deslocaram em 1829 como os De Schueller (dono de umas das maiores fazendas de café do Brasil Império).
Antes de entrarmos nas trilhas para as cachoeiras há muito o que devemos saber, as regras não são poucas, é sempre bom se informar com os moradores do local. No Sana a proteção ao ambiente é coisa séria.
Na tentativa de conter a degradação ambiental no Sana, foi elaborado o projeto "Pequena Semente" que tem como principais objetivos o desenvolvimento de uma perspectiva educativa para acampamentos, bem como contribuir para o desenvolvimento da consciência ecológica na região. Um grupo de voluntários atuam incansavelmente na conscientização não só da comunidade mas principalmente do turista que ali chegava. O projeto, mesmo sem recursos, alcançou ótimos resultados levando o grupo a formar uma ONG. Eles fazem um belo trabalho que visa o crescimento da cidade sem destruição das matas e das belas cachoeiras.
As cachoeira são uma excelente opção de lazer e diversão por lá, mas não devemos nos esquecer que alguns cuidados são necessários. Prudência na hora de caminhar pelo leito do rio, para evitar quedas provocadas por pedras escorregadias, assim como não entrar em poços quando a força da correnteza e o nível da água estão acima do normal. Principalmente no verão, é preciso ficar ligado em u fenômeno muito comum conhecido como Cabeça D'água!
A Cabeça D'água consiste em um grande volume de água acumulado nas cabeceiras dos córregos, devido a fortes chuvas, formando barreria que se rompe, descendo o rio com muita força, trazendo galhos e pedras.
Atenção aos sinais:
- Observar o tempo nas cabeceiras, céu escuro sujeito a tempestade.
- Observar nível de água , se está subindo repentinamente com galhos e folhas.
- Observar a cor da água se está ficando "barrenta" (marrom). Para evitar acidentes, siga as orientações dos monitores ambientais e obedeça a sinalização.
O Vale do Pombo, que estávamos por visitar, é zona de conservação da vida silvestre, portanto alguns cuidados essenciais são necessários.
Não é permitido:
- Entrar com motocicleta ou veículo motorizado;
- Comercio em geral;
- Bebidas alcoólicas;
- Aparelhos sonoros e instrumentos de percussão;
- Piqueniques e práticas religiosas que deixem detritos;
- Entrar com animais domésticos;
- Acampar;
- Retirar plantas, animais, pedras, lenha, etc;
- Fazer fogueiras;
- Fazer pichações e marcas em pedras, troncos, etc;
- Uso de produtos químicos, sabonetes, óleos, shampoos, bronzeadores, etc;
- Entrar com bicicleta e cavalos aos sábados, domingos e feriados;
- Entrar com objetos cortantes (vidros, faca, machado, etc.)
Seguimos nosso caminho, e nos deparamos com a trilha para as cachoeiras, conheceríamos as cachoeiras do córrego do Peito do Pombo. Fazem parte deste grupo de cachoeiras:
a Cachoeira Mãe, a mais conhecida queda d'água do rio Peito do Pombo no Sana. Em sua base dá para várias pessoas ficarem tomando banho de sol e onde todos querem arriscar a pular da pedra mãe, lógico que não tentem essa façanha, não desta vez, rsrsrs. O salto desta pedra é em torno de 12 metros de altura, calculados da pedra até o espelho d'água logo abaixo. A cachoeira leva este nome em razão de sua semelhança à imagem de Nossa Senhora, a mãe de Jesus. O poço apresenta ótima visibilidade e em suas águas límpidas, onde você pode se divertir sem correr perigo.
A Cachoeira Filho fica entre a do Pai e da Mãe, mas só tem acesso a ela quem faz o chamado "circuito das águas" e vier pelo meio da Cachoeira Pai, um caminho perigoso e não aconselhável para crianças. Ela tem outro tobogã que leva direto para o poço da Cachoeira Mãe. Sua descida é muito emocionante e rápida, mas, radical a ponto de provocar escoriações nas costas. Indicado apenas para quem está instruído e acompanhado por alguém que conhece.
a Cachoeira Pai é uma queda d'água com 16 metros de altura e possui uma queda livre de sete metros, a água é clara e transparente com baixa temperatura, além de ter uma piscina natural que se assemelha a um poço, e está cercada pela mata atlântica. Acesso por trilhas abertas e sinalizadas.
A Cachoeira das Sete Quedas é parte integrante do circuito da águas, tem esse nome por apresentar em seu curso uma queda d'água representada em um escadaria natural. No verão esta cachoeira fica pra lá de povoada, quase impossível de se curtir ou para tirar uma boa foto. Dá para entrar embaixo das quedas d'água e sentir como se estivesse atravessando um tubo.
O Escorrega possui uma larga pedra que serve de escorrega natural aos visitantes, a água é clara e transparente com baixa temperatura, está cercada pela mata atlântica. Acesso pór trilha aberta e sinalizada. A caminhada até a cachoeira do Escorrega é a mais rápida e leva cerva de 20 minutos, o espaço é cruzado por uma corda muito firme para que as pessoas possam se locomover com segurança já que a pedra é extremamente escorregadia. Foi lá que passamos a tarde inteira até umas 15 horas, quando então decidimos almoçar.

Pela hora que decidimos comer, foi difícil encontrar algo ainda disponível mas encontramos uma pensão que ainda tinha comida. A comida não era excelente, mas estava gostosinha e o custo não era ruim. Mas se você se programa para comer em um horário correto acha diversas opções:







Depois de bem alimentadas, voltamos ao camping para um cochilo, pensamos mesmo que teríamos tempo para isso, mas fomos pegas de surpresa pelo tamanho da fila para o banho, e não nos sobrou tempo para mais nada, foi só um banho colocarmos uma roupa mas quentinha e caminhar novamente para o centro encontrar os amigos para uma cervejinha.
Encontramos o Biano, o DB e alguns amigos deles que estavam acampando no quintal do Biano. Descobri que uma das amigas de Biano fora minha aluna e já havia trabalhado comigo em uma das WIzards de minha vida. Entre uma cerveja e outra fechamos com um grupo de fazer a famosa e dura trilha até o peito do Pombo. Os meninos iriam de madrugada, mas eu a Brenda e a Gisele (minha ex aluna), que seria nossa guia, iríamos ao amanhecer. Fomos avisadas a sair bem cedo para que conseguíssemos passar pelos portões das fazendas antes de os fazendeiros aparecerem para impedir. Muitos visitantes atrapalharam o trabalho dele e destruíram parte da área, por isso eles não permitem mais que pisem nas terras de propriedade privada. Aventura combinada, nos despedimos e voltamos para o camping para dormir.
E quem disse que conseguimos, o frio nos consumiu. Estava chovendo e as despreparadas deixaram a tolha aberta em cima da barraca, logo as toalhas encharcadas deixavam a barraca ainda mais fria, fora o vento e a água do rio. Tremi o queixo a madrugada toda. Levei um edredon que colocamos por baixo e um por cima, desistimos, deixamos um lençol por baixo e usamos cada uma dois edredons para tentar escapar. Mas logo a manhã chegou e era hora da trilha.... a primeira noite no camping e eu já estava odiando dormir em barraca, que perrengue.
Sabíamos que não conseguiríamos tomar o café da manhã do camping porque sairíamos cedo demais , então passamos na padaria e tomamos um belo café da manhã, aproveitamos para comprar suco e água para nos hidratar no caminho. Fomos até o quintal do Biano encontrar nossa guia Giselle e seguimos para a trilha com a cara e a coragem. Os meninos duvidaram de nós, mais uj motivo para mostrar a eles que somos capazes. Na verdade, nem nós mesmas acreditávamos que iríamos encarar um trekking.
O trekking é uma atividade física, aeróbica, com marcada presença no conjunto muscular das pernas e quadril. Na tradução para o português a palavra trekking nos remete a caminhar, trilhar, andar. A mais remota e conhecida forma de deslocamento desde que o homem ascendeu a qualidade de bípede. A caminhada em si não faz sentido a não ser que esteja acompanhada de alguma motivação, seja ela física ou psíquica. Podemos ir mais longe e dizer que o ato de caminhar também pode transcender estas questões e ser uma forma de relaxamento, prazer, convívio com a natureza ou consigo mesmo. Sendo uma atividade que pode ser praticada por qualquer pessoa em qualquer idade (ressalvo feito àqueles que estão há muito tempo sedentários), o trekking é muito acessível do ponto de vista financeiro e muito seguro a nível físico.
Em qualquer lugar pode se praticar o trekking. Há belíssimos locais para a prática no Brasil, de norte a sul e de leste a oeste, é uma atividade sem fronteiras que pode ser praticada em qualquer época do ano sem a utilização de muitos acessórios. NO Sana há dois belíssimos locais para essa prática e nós escolhemos o mais complicado deles a Pedra do Peito do Pombo.
A Pedra é uma das maravilhas naturais do Sana. Trata-se de formação rochosa a mais ou menos 1300m de altitude que, vista de determinados ângulos, assemelha-se a silhueta de um pombo pousado sobre a rocha. É um desafio para montanhistas que chegam de todas as regiões do país para escalá-lo. Do alto, avista-se todo o litoral de Macaé, Rio das Ostras, Barra de São João, Búzios e Cabo Frio. s Para os acostumados a trilhas longas são três horas e meia de caminhada, a partir do Arraial do Sana e existem condutores para aqueles que não conhecem a trilha, que é ladeada por capoeirões e pastos.
A caminhada inicia-se no caminho que leva às cachoeiras do Vale do Peito de Pombo, o mesmo que fizemos no dia anterior. Logo no início se atravessa um rio de águas cristalinas, daí em diante só trilhas que seguem o curso do rio e passam por várias cachoeiras de forte correnteza. Após uma hora e meia de caminhada, é preciso atravessar um córrego e inicair o trecho mais penoso. Nessa hora o que nos salvou foi água que levamos e a banana que a Giselle levou, potássio sempre ajuda.
Avistamos ao longe o Pedra e não acreditávamos que seríamos capazes de subir aquilo tudo.
Cruza-se um longo e inclinado pasto e adentra-se na mata Atlântica. Neste pasto, eu agradeci por não estar usando nada vermelho porque o gado não era muito simpático não, você tem que achar o caminho, se esquivar das cacas no chão e fugir dos bois. Após subir um trecho muito inclinado chega-se a um paredão, onde se tem uma bela visão do Peito de Pombo. O Peito do Pompo é a pedra do meio. Temos que fazer um pequeno rapel com uma corda em três momentos, essa é a parte mais complicada. Mas vale muito a pena pelo visual que temos de lá. após o segundo rapel chegamos ao lado oposto da pedra o que já nos rende uma visão maravilhosa dela. De lá os meninos nos ouviram e começaram a gritar por nossos nomes, eu era a última na trilha kkkk só ouvia o esposa da Giselle o Renato (montanhista) gritar:" Kd a Milady?".
É nós subimos isso tudo:
Chegando na Pedra encontramos os meninos que estavam fazendo rapel nela, muita coragem! E claro o DB estava tirando um cochilo, ao lado dele rsrsrs uma garrafa de cachaça kkkkk. Deitei um pouco para descansar e logo nos reunimos para tirar fotos do grupo e da paisagem, eu já estava passando mal só de pensar em descer aquele caminho todo de novo.
Assim que atravessamos para o outro lado, paramos para pousar para nossa mais bela foto do Peito.
A descida foi a parte mais doída pra mim, o meu tênis resolveu abrir e eu fiquei com uma língua que prendia em todos os lugares da trilha, tive que arrancar a parte de baixo dos dois pés do tênis e fiz a trilha praticamente descalça, meus pés ficaram esfolados, e como se não bastasse os bois resolveram não querer nos deixar descer do pasto. Fizemos a volta em 4 horas e meia. Agradeço demais a paciência do DB e do Renato, porque foi osso me aturar rsrsrsrs.
No final da trilha de volta perto das cachoeiras encontramos uma barraquinha de quitutes caseiros e orgânicos, comprei um bolo de banana e aveia que estava uma delícia.
Chegamos no camping umas 18 horas, paramos par comer uma lasagna em um trailler no centro, tomamos banho e deitamos, não conseguimos levantar pra nada, dormimos direto até o domingo. Até ouvi alguém me chamar, mas não encontrei. O cansaço não nos deixou sentir frio algum, esta noite dormimos direto. De manhã acordamos e fomos tomar o café do camping.... horrível, uma briga para pegar o pão com manteiga que não dava para todo mundo. Deixamos tudo organizado na barraca e fomos dar a última volta, passamos no quintal do Biano para nos despedir de todos, mas os meninos estavam dormindo. A Marcia, esposa do Biano nos contou que os meninos nos procuraram no camping à noite, eles tinham levado coberta para nós, mas não conseguiram nos achar. Achei tão bonitinho o carinho dos nossos amigos.
Fomos até a cachoeira sete quedas tiramos algumas selfies, voltamos, desmontamos a barraca e partimos para o ponto das vans. Descemos até Casimiro e pegamos nosso ônibus para Niterói.
O passeio foi muito válido aprendi muito sobre como fazer ecoturismo. A Natureza precisa ser tratada com cuidado e respeito. A conservação e proteção dos destinos visitados dependem muito de nosso comportamento. Como visitante podemos e devemos ajudar a evitar e ou minimizar os impactos que o turismo pode trazer a uma determinada localidade. Algumas dicas nos forma muito úteis.
- certifique-se de que você possui uma forma de acondicionar seu lixo em sacos plásticos para trazê-lo de volta. Aprenda a diminuir a quantidade de lixo, deixando em casa as embalagens desnecessárias;
- O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo, podendo levar dias e causar grandes danos ao ambiente. Portanto, em primeiro lugar, não se arrisque sem necessidade;
- As Cachoeiras do Vale do Peito do Pombo só devem ser visitadas com acompanhamento de guias e o ingresso de visitantes ao vale é controlado a partir do ponto de apoio, no caminho das cachoeiras, pelos membros da ONG Pequena Semente, que limita o número máximo de visitantes nas cachoeiras em 400 pessoas por vez. Também não é permitida a prática de qualquer tipo de esporte ou tráfego de veículos motorizados e bicicletas, além do acesso de animais domésticos, limitando também as visitações diárias para o horário compreendido entre 8h Às 18h;
- Tenha certeza de que você dispõe do equipamento apropriado para cada situação. Grande parte dos acidentes e agressões à natureza são causados por improvisações, negligência e uso inadequado de equipamentos;
- Utilize instalações sanitárias que existirem. Caso não haja instalações sanitárias (banheiros) na área, cave u buraco com quinze centímetros de profundidade a pelo menos 60 metros de qualquer fonte de água, trilhas ou locais de acampamento, em local onde não seja necessário remover a vegetação;
- Não construa qualquer tipo de estrutura, como bancos, mesas, pontes etc. Não quebre ou corte galhos de árvores, mesmo que estejam mortas ou tombadas, pois podem estar servindo de abrigo para aves ou outros animais;
- Resista à tentação de levar "lembranças" para casa. Deixe pedras, artefatos, flores, conchas etc. onde você os encontrou, para que os outros também possam apreciá-los. Tire apenas fotografias, deixe apenas suas pegadas, e leve apenas suas memórias;
- Observe os animais à distância. A proximidade pode ser interpretada como uma ameaça e provocar um ataque, mesmo por parte de pequenos animais. Além disso, animais silvestres podem transmitir doenças graves. Não alimente animais. Os animais podem acabar se acostumando com a comida que oferecemos e passar a invadir os acampamentos em busca de alimentos, danificando barracas, mochilas e outros acampamentos;
- Não retire flores e plantas silvestres. Aprecie sua beleza no local, sem agredir a natureza e dando a mesma oportunidade a outros visitantes;
- Ande e acampe em silêncio, preservando a tranquilidade e a sensação de harmonia que a natureza oferece. Deixe rádios e instrumentos sonoros em casa;
- Trate os moradores da área com cortesia e respeito. Mantenha as porteiras do modo que encontrou e não entre em casas e galpões sem pedir permissão. Seja educado e comporte-se como se estivesse visitando casa alheia. Aproveite para aprender algo sobre os hábitos e a cultura local.
- Evite usar cores fortes que podem ser vistas a quilômetros e quebram a harmonia dos ambientes naturais. Use roupas e equipamentos de cores neutras, para evitar a poluição visual em locais muito frequentados. Para chamar a atenção de uma equipe de socorro , tenha em sua mochila um plástico ou tecido de cor forte;
- Incentive e pratique a convivência positiva entre visitantes, condutores/guias, proprietários de áreas privadas e administradores de áreas protegidas e unidades de conservação, obedecendo aos regulamentos que se aplicam a cada local;
- Apoie as organizações de defesa do meio ambiente e prestigie seus programas, projetos e ações com contribuições, trabalho voluntário, ou associando-se a elas, quando for o caso. A ética e a prática de mínimo impacto estão sendo adotadas em todo o planeta. Seguindo estes princípios de mínimo impacto e os divulgando, você estará ajudando a preservar os atrativos turísticos, sejam naturais ou não, mantendo-os sempre na melhor condição para você e para os demais visitantes.
Eu sempre levo comigo essa anotação:
Os Dez Mandamentos do ecoturista:
1. Amarás a Natureza sobre todas as coisas.
2. Honrarás e preservarás o bom humor;
3. Estarás sempre pronto a colaborar;
4. Serás capaz de te adaptares aos imprevistos;
5. Utilizarás os serviços dos guias credenciados;
6. Não reclamarás;
7. Não invocarás o nome do guia em vão, para perguntar se falta muito para chegar;
8. Não considerarás chuvas, atoleiros ou pontes quebradas como imprevistos;
9. Não poluirás o meio-ambiente.
10. Preserve e Respeite a biodiversidade, não polua as nascentes, os leitos e margens, não destrua as matas ciliares, não degrade o meio ambiente e compartilhe a sustentabilidade.
2. Honrarás e preservarás o bom humor;
3. Estarás sempre pronto a colaborar;
4. Serás capaz de te adaptares aos imprevistos;
5. Utilizarás os serviços dos guias credenciados;
6. Não reclamarás;
7. Não invocarás o nome do guia em vão, para perguntar se falta muito para chegar;
8. Não considerarás chuvas, atoleiros ou pontes quebradas como imprevistos;
9. Não poluirás o meio-ambiente.
10. Preserve e Respeite a biodiversidade, não polua as nascentes, os leitos e margens, não destrua as matas ciliares, não degrade o meio ambiente e compartilhe a sustentabilidade.
Os Cinco Mandamentos do ecoturismo:
1. Da natureza nada se tira a não ser fotos.
2. Nada se deixa a não ser pegadas.
3. Nada se leva a não ser recordações.
4. Andar em silêncio e em grupos pequenos.
5. Respeitar uma distância dos animais, evitando gerar stress.
2. Nada se deixa a não ser pegadas.
3. Nada se leva a não ser recordações.
4. Andar em silêncio e em grupos pequenos.
5. Respeitar uma distância dos animais, evitando gerar stress.
..
Foi um passeio incrível, mas ainda deixo no Sana muito por visitar e muito a fazer. Mal posso esperar pela próxima. Já preparei meus roteiros... Quero visitar:
Ainda no Vale do Peito do Pompo, O recanto das Borboletas;
No Córrego São Bento, A Cachoeira da Flor, O POço da Flor, A Cachoeira do Segredinho, e o Complexo da Cachoeira do Segredo que compreende a do Segredo e a Silêncio; a Cachoeira Escondida e a Roncadeira ou do Tamanduá.
No Rio Andorinhas, a Cachoeira das Andorinhas, a Cachoeira do Vaguinho, A Cachoeira Santa Rosa e a Singela.
No Rio Sana, a Fervedeira.
Além das cachoeiras pretendo reservar um tempo para outros passeios, como conhecer melhor a antiga Igreja de São José na Cabeceira do Sana, uma trilha pela Serra da Boa Sorte, um trekking pelo Pico do Frade, praticar o Downhill bike, rafting e birdwatching.
Claro que isso me renderá um post e tanto rsrsrs
Até...
Foi um passeio incrível, mas ainda deixo no Sana muito por visitar e muito a fazer. Mal posso esperar pela próxima. Já preparei meus roteiros... Quero visitar:
Ainda no Vale do Peito do Pompo, O recanto das Borboletas;
No Córrego São Bento, A Cachoeira da Flor, O POço da Flor, A Cachoeira do Segredinho, e o Complexo da Cachoeira do Segredo que compreende a do Segredo e a Silêncio; a Cachoeira Escondida e a Roncadeira ou do Tamanduá.
No Rio Andorinhas, a Cachoeira das Andorinhas, a Cachoeira do Vaguinho, A Cachoeira Santa Rosa e a Singela.
No Rio Sana, a Fervedeira.
Além das cachoeiras pretendo reservar um tempo para outros passeios, como conhecer melhor a antiga Igreja de São José na Cabeceira do Sana, uma trilha pela Serra da Boa Sorte, um trekking pelo Pico do Frade, praticar o Downhill bike, rafting e birdwatching.
Claro que isso me renderá um post e tanto rsrsrs
Até...
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